Neste dia em que comemora-se o "Dia do Patrimônio Histórico", trouxemos três edifícios históricos, marcados pelos grandes projetos arquitetônicos, do município de São Paulo.
Além de apresentarmos esses marcos, esperamos conseguir incentivar a proteção e conservação desses bens em nossa cidade!
Concluída sua construção em 1935, a Casa das Rosas, foi uma mansão construída para a família Ramos de Azevedo.
Projetada pelo famoso escritório do arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, a mansão localizada na Avenida Paulista, contemplava um estilo clássico francês, 30 cômodos, edícula, jardins, quadras e um belo pomar.
A casa foi habitada durante anos pela família, até meados de 1980, já que nessa época, a Avenida Paulista não era mais a mesma, devido aos prédios comerciais, bancos, edifícios e o caraterístico trânsito de pessoas e veículos.
Ameaçado de demolição, a mansão foi preservada em ação pelo Governo do Estado de São Paulo. Na parte do terreno que dá para Alameda Santos, foi liberada a construção de um edifício comercial enquanto a casa foi restaurada e transformada em espaço cultural, inaugurado em 1991.
Em 2003, o bem tombado foi fechado para reformas e manutenção, sendo reinaugurado em 9 de dezembro de 2004 e renomeado para homenagear o poeta Haroldo de Campos. A Casa das Rosas permanece um legítimo representante da arquitetura paulista como símbolo e referência de memória do cotidiano e das transformações da cidade e modos de vida. E é nesse contexto que a Casa das Rosas (Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura), tem oferecido à população de São Paulo cursos, oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, lançamentos de livros, apresentações literárias e musicais, saraus, peças de teatro, exposições ligadas à literatura, etc.
Localizado no centro da cidade de São Paulo, na Praça Ramos de Azevedo, o Theatro Municipal de São Paulo é um dos teatros mais importantes do Brasil e do mundo.
Tendo como objetivo, atender aos desejos da elite paulista, o projeto assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 1911, depois de 8 anos de construção.
O projeto tem em seu estilo arquitetônico, semelhanças aos mais importantes teatros do mundo e uma forte inspiração na Ópera de Paris.
O edifício faz parte do patrimônio histórico do Estado de São Paulo desde 1981, quando foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).
Atualmente, com mais de 100 anos de história, três reformas preservaram, renovaram e ampliaram o Theatro Municipal de São Paulo. Em 2012 foram criadas as instalações da Praça das Artes para abrigar os corpos artísticos, as escolas municipais de música e dança, restaurante e as múltiplas atividades que integram o Complexo Theatro Municipal.
O Parque da Independência, inaugurado em 1989, nas margens do córrego do bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo, faz parte do patrimônio histórico cultural brasileiro devido ao Grito da Independência do país, ali proclamada por D. Pedro I.
O Parque da Independência e as instalações foram desenhados buscando uma obra imponente, grandiosa, influenciado pela arquitetura e paisagismo francês. A única estrutura no parque que rejeita essa postura é a Casa do Grito, que é exemplo de uma casa comum de São Paulo em 1822.
O parque abriga atualmente o Museu Paulista, Monumento à Independência e a Casa do Grito. Em 1888, o Museu do Ipiranga foi inaugurado como museu de História Natural e mais tarde foi reforçado seu caráter patriótico. No centenário da Independência, em 1922, como parte das comemorações foi inaugurado - apesar de ainda não concluído - o Monumento à Independência do Brasil, por Ettore Ximenes e Manfredo Manfredi. Já a Casa do Grito foi desapropriada em 1936 e em 1955 começou a passar por reformas para se aproximar à casa pintada por Pedro Américo na tela "Independência ou Morte".
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